Os deuses gregos são protagonistas em inúmeros mitos. Auxiliando os heróis em seus empreendimentos ou no rumo de guerras, os deuses olímpios representam âmbitos de nossa psique e fonte de nossas paixões. Cultuar e reverenciar as divindades era uma forma de conhecer a natureza humana, na árdua tarefa do “conheça a si mesmo”, educando o espírito diante das possibilidades e dos perigos na realização do Ser no contexto da pólis grega.
Estamos iniciando um novo grupo de estudo de mitologia online, com encontros semanais às segundas feiras às 20 hs, a partir de 15 de agosto. Os interessados devem entrar em contato com a Mariah, pelo email secretaria@arete.org.br. Atividade gratuita. No primeiro encontro será feita uma breve apresentação e serão definidos o escopo, bibliografia e prazo do estudo.
Stylianos Tsirakis - Arquiteto pela FAU USP, fundador e editor, desde 1999, da Odysseus Editora. Membro fundador da Areté, Centro de Estudos Helênicos e do seu Núcleo de Mitologia, autor do livro Uma viagem à Grécia, a origem dos Jogos Olímpicos e os deuses, Odysseus Editora. Tem ministrado cursos e coordenado grupos de estudo sobre: Ciclo Épico, a ilíada e a Odisseia; Os trabalhos e os dias; As gêneses e os feitos dos heróis: Perseu, Hércules, Jasão e Teseu; O ciclo tebano e cinco tragédias (Édipo Rei, Édipo em Colono, Antígona, Sete contra Tebas e As bacantes) e sobre os deuses do Olimpo.
Areté - Centro de Estudos Helênicos
e-mail: secretaria@arete.org.br | whatsapp (11) 97113-0660
tel: (11) 3032-3939
(2ª a 6ª feira – 13h30 às 20h30; sábado – 09h às 14h)
Em 2022, o Grupo de Estudos do Núcleo de História da Areté aborda o período histórico da Grécia Moderna da 2a República, em 1926, até a restauração da Monarquia em 1936.
Os encontros acontecem em alguns sábados do mês (ver datas na programação abaixo), sempre das 10h30 às 12h30.
Para participar do Grupo de Estudo, acesse o link abaixo:
https://meet.google.com/iub-bpck-xvy
RBHM - Volume 21, n. 42
"A Medida do Círculo: Uma tradução do texto ΚΥΚΛΟΥ ΜΕΤΡΗΣΙΣ de Arquimedes" - Guilherme Luiz Grudtner, Fábio Maia Bertato, Itala M. Loffredo D'Ottaviano
''O Stomákhion de Arquimedes: tradução com notas e introdução'' - Henrique Marins de Carvalho, Jamil Ibrahim Iskandar, João F. N. B. Cortese, Tiago Tranjan, Vicente A. de Arruda Sampaio
''As Classificações das Matemáticas de John Dee e Adriaan van Roomen: um estudo sobre a organização dos conhecimentos matemáticos nos séculos XVI e XVII'' - Zaqueu Vieira Oliveira, Isabelle Coelho da Silva, Kleyton Vinicyus Godoy
''Cartas-Prefácio de Tartaglia: matemáticas práticas no século XVI'' - Eduardo Henrique Peiruque Kickhöfel, Henrique Marins de Carvalho
''Tradução da Prima et seconda lettione da edição de 1565 dos Elementos de Euclides feita por Niccolò Tartaglia'' - Carla Bromberg
''O 'Ensaio para as cônicas' de Blaise Pascal" - João F. N. B. Cortese
"Sobre a soma das séries de recíprocos" - Frederico J. A. Lopes
"Tradução do texto 'Réflexions et Eclaircissemens sur les Nouvelles Vibrations des Cordes Exposées dans les Mémoires de l’Académie de 1747 & 1748', de Daniel Bernoulli" - Oscar João Abdounur, Glauco Aparecido de Campos
" “Die Lineale Ausdehnungslehre” de H. G. Grassmann" - Thiago Augusto S. Dourado, Dominique Flament, Valéria Ostete Jannis Luchetta, César Polcino Milies
"As notas de aula de Karl Weierstrass em 1878" - Circe Mary Silva da Silva
"Bertrand Russell sobre a Matemática" - John A. Fossa
O debate visa analisar sob um amplo prisma histórico e geopolítico global os recentes episódios e conflitos no Mediterrâneo Oriental e o perigoso estremecimento das relações turco-helênicas.
Informações pelo e-mail secretaria@arete.org.br
ou pelo Whatsapp (11) 97113-0660.
Núcleo | Resumo |
Mitologia Stylianos Tsirakis 15:00 – 15:35 |
Dioniso, mortes e renascimentos Os principais aspectos de Dioniso – o deus do vinho, da transformação, do teatro e das máscaras – são apresentados através da análise dos mitos de nascimento e morte de Dioniso Zagreu e Dioniso Olímpio. Além dos relatos míticos, a exposição explora hermeneuticamente imagens do deus e trechos de poemas épicos e órficos. |
Artes Plásticas Georgia Vilela 15:40 – 16:15 |
O espaço Dionisíaco na sala de aula Apresentaremos uma série de desenhos, pinturas, mascaras e cerâmica. Tal como Dioniso, o artista questiona, provoca, pulsa, salta, jorra, faz dançar, cantar, rir e chorar. Estrangeiro, louco, marginal, epidêmico, o Deus enche o coração de desejo, amor e sangue, desafiando-nos a redesenhar a nós mesmos e a reimaginar o mundo ao redor. Sob a inspiração de Dioniso, dá-se o morrer e o renascer da centelha divina em papeis e pinceis embriagados de formas e cores, assumem-se os riscos do vazio e da plenitude. |
Matemáticas e Ciências Henrique Marins João Cortese Tiago Tranjan 16:20 – 16:55 |
Frio na barriga e maravilha: carnaval na matemática grega O Stomáchion de Arquimedes é um tratado sobre o jogo de montar com o mesmo nome. Nele se encontra um tipo de matemática diferente daquela dedutiva e austera, normalmente associada ao pensamento grego. No Stomáchion e em outras obras de Arquimedes, sugere-se um "carnaval dos cálculos": uma matemática sem noção forte de "fundamentos", em contraste com a axiomática euclidiana. Em A medida do círculo, o célebre siracusano oferece um valor de pi por aproximação, procedimento novo e inusitado. Como nota o especialista Reviel Netz, a matemática à época de Arquimedes busca causar "maravilha", pois calcula números gigantescos sem lugar claro na "harmonia" do mundo. Desse modo, em Arquimedes é possível encontrar certo caos criativo que se poderia dizer "dionisíaco": além de dar “frio na barriga” (uma tradução livre de Stomáchion), a matemática também pode surpreender e iluminar o espírito. A apresentação discute a tese de R. Netz, ponderando em que sentido a matemática arquimediana pode ser considerada "lúdica" e “carnavalesca”. |
Arqueologia Estevam Almeida 17:15 – 17:50 |
Dioniso desmótes-eleútheros: sua expressão material no processo de formação da pólis A Grécia é chamada de berço da civilização ocidental. Desde o Renascimento nos legaram a ideia a Grécia como lugar de formas sublimes. Quem chega à Acrópole e depara-se com o Pártenon talvez pense simplesmente em beleza e perfeição. A alvura do mármore em contraste com o azul do céu é o emblema da Grécia. Mas no panteão olímpico há um deus cuja imagem parece discrepar desse cenário: Dioniso, o deus da embriaguez e do teatro. Homero o chama de “delirante” (μαινόμενος) e de “alegria dos mortais” (χάρμαβροτοῖσιν).Hesíodo o caracteriza como “de áureas madeixas” (χρυσοκόμης) e “cheio de alegria” (πολυγηθής). Nos mitos, Dioniso é um errante, duas vezes nascido, que perambula pelo mundo antes de retornar à sua terra: Tebas. Esse traço migratório revela que o deus sofreu mutações no tempo, assumindo a marca do estrangeiro. É o senhor do teatro, onde se revela o deus a céu aberto. Através de informações arqueológicas, a apresentação se articula em dois movimentos: por um lado, mostram-se dois aspectos antagônicos de Dioniso, que é tanto um priosioneiro (δεσμώτης) quanto um homem livre (ἐλευθέριος); por outro lado, a interpretação dessas noções antinômicas revela as mudanças e as continuidades da concepção do deus no processo de formação da pólis grega. |
Teatro Isa Meneghini, Helena Patrício J. P. Kaletrianos Sílvia Ricardino 17:55 – 18:30 (apresentação dia 8/12) |
Hippophaedra em obra Acompanhadas por Sílvia Ricardino à harpa, as atrizes Isa Meneghini e Helena K. Patrício representam trechos de um coro trágico e de um monólogo do personagem Hipólito. Trata-se de uma amostra do processo de encenação da peça Hippophaedra, uma adaptação do Hipólito de Eurípedes, com estreia prevista em 1 de fevereiro de 2020. Antes da apresentação, Jean Pierre Kaletrianos, diretor da peça e coordenador do Núcleo de Teatro, falará sobre o núcleo e o processo de criação da montagem. |
Dança Paulo Sertek Grupo Zorbás 18:35 – 19:10 |
O Carnaval de Rua de Náussa, Macedônia Central O Núcleo de Dança, em parceria com o grupo Zorbás, irá palestrar e apresentar as danças do Carnaval de rua da cidade de Náussa, festa popular conhecida como o Carnaval dos "Ghenítsari" ou "Búles" (Γενίτσαροι ή Μπούλες). Suas raízes se perdem no processo de Independência da Grécia em 1821, mas também nas festas dionisíacas (Antestérias). Búles ou Ghenítsari é como se autodenominam os jovens mascarados que participam da comitiva. Hoje em dia, o costume incorpora elementos da tradição oral, mitos, canções e lutas históricas da cidade de Náussa. Porém, mais além no passado, percebe-se certa relação de continuidade entre o Carnaval de Náussa e as cerimônias dionisíacas realizadas na Grécia Antiga para a recepção da primavera e a celebração da fertilidade da terra. |
Núcleo | Resumo |
História Jorge Kapotas 15:00 – 15:35 |
As primeiras evidências do culto de Dionísio na História Helênica: seria Dionísio um deus micênico? Este trabalho visa apresentar e analisar os primeiros registros escritos e arqueológicos do culto de Dionísio. Estas evidências serão analisadas a partir do contexto histórico definido pelas sociedades palacianas da Idade do Bronze Egeia. |
Filosofia Vicente Sampaio 15:40 – 16:15 |
Sócrates, professor de Dioniso Por que, em sua própria época, Sócrates foi identificado com o “sábio sileno”, figura vista ora como membro do séquito de Dioniso, ora como o próprio tutor do Deus do vinho e do teatro? O que tal associação pode dizer sobre a prática filosófica de Sócrates e, portanto, sobre a filosofia no seu gesto nascedouro? |
Música Nataly Ianicelli 16:20 – 16:55 |
Aristóxeno contra a Nova Música e a música teatral A Nova Música foi um movimento poético do final do século V AEC que propunha o renovar os estilos de composição tradicionais. Poetas como Melanípides, Frínis, Cinésias, Timóteo e Filóxeno compuseram tanto em gêneros mélicos (como nomoi e ditirambos) quanto em gêneros dramáticos, utilizando melodias complexas, ornamentações, instrumentos policordes, modulações e variações métricas. Tais inovações foram bastante criticadas à época, sobretudo pelo comediante Aristófanes e pelo filósofo Platão. A exposição discute fragmentos de Timóteo e de Filóxeno à luz da recepção negativa da Nova Música nos textos aristoxênicos, valendo-se da análise de dois fragmentos com notação musical cujas melodias apresentam características da Nova Música: o primeiro estásimo do Orestes de Eurípides e o Peã Délfico de Ateneu. |
Idioma e Literatura & SIANK 17:15 – 17:55 |
Apolo e Dioniso em "O nascimento da tragédia" de Nietzsche(1a. parte - Aspásia Papazanákis) Como Kazantzakis articula esses dois conceitos? Uma ilustração através das danças no filme "Zorba,o grego". Dioniso na obra de Kazantzakis(2a. parte – SIANK) Leitura de trechos de diferentes livros e textos. |
Tradições e gastronomia Fotini Drossinis Helena Markakis Helena Sazalis Marina Zarvos Isabella Calia 18:00 – 18:30 (apresentação dia 1/12) |
Abertura do tonel “Profundos prazeres do vinho, quem não os conhece? Quem quer que tenha tido um remorso a aplacar, uma lembrança a evocar, uma dor a esquecer, um castelo na Espanha a construir, todos, enfim, já o invocaram, Deus misterioso escondido nas fibras da videira.”(Charles Baudelaire ) Ofereceremos uma viagem sensorial pela degustação de vinhos e sumos. Dioniso morre para reviver. Como o deus, a vinha morre para reviver. O vinho contém, em si mesmo, os segredos e a natureza selvagem do deus. Honraremos seus epítetos: · Dioniso Άνθιος, o portador da floração · Dioniso Κάρπιος, portador das frutas · Dioniso Ορθός, o reto, correto. Degustaremos: · retsina, vinho com notas de pinha . · vinho tinto temperado. Como dizia Detienne, “Bebendo o vinho bem misturado é que os homens deixam de ficar encurvados, como acontecia com o vinho puro.” |
TODOS 18:30 |
CONFRATERNIZAÇÃO COM APRESENTAÇÃO DOS ALUNOS DE DANÇA |
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