Após o fim da Guerra da Segunda Guerra Mundial, os jornais gregos começaram a publicar artigos elogiando o desenvolvimento econômico do Brasil e as possibilidades que oferecia aos futuros imigrantes. Em um período em que a migração para os Estados Unidos não era possível, devido a regulamentações restritivas, o Brasil era descrito como o novo “Eldorado”. Neste contexto, o governo grego favoreceu a emigração para melhorar a situação financeira e prevenir a instabilidade social.
Os governos brasileiros daquele período continuaram a política de colonização do interior e queriam usar mão de obra importada para aumentar a produção agrícola e introduzir técnicas inovadoras. O recém-fundado Comitê Intergovernamental para Migração da Europa (ICEM) deveria servir como um mecanismo intermediário entre os países emissores e receptores do “Mundo Ocidental” que facilitaria a migração organizada da Europa para países ultramarinos.
O artigo apresentará uma visão geral da onda migratória da Grécia para o Brasil e avaliará os esforços do ICEM para regulamentar a migração, fornecendo serviços de processamento, recepção, primeira colocação e assentamento de migrantes.A migração da Grécia para o Brasil durante o período pós-Segunda Guerra Mundial: Um diálogo entre fontes de arquivo e testemunhos pessoais
Yannis G.S. Papadópoulos possui doutorado em História pela Universidade de Panteion, de Atenas (2008), mestrado em Sistemas de Informação para Ciências Humanas pela Universidade de Creta (2001), mestrado em Ciências Sociais pela École Pratique des Hautes Études (1995) e graduação em História e Arqueologia pela Universidade de Ioanina (1994). Ele ensinou na Universidade Panteion, na Universidade do Peloponneso, na Universidade de Vechta e atualmente é professor visitante na Universidade de Brasília. Ele está pesquisando a mobilidade transgeracional entre a Europa e a América do Sul e a representação da história no cinema.
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