ARETÉ

22.02.2016 -

Arremesso de disco

– O arremesso de disco era uma das competições mais apreciadas pelos gregos e sua prática exigia sincronia nos movimentos e força. Temos testemunhos da competição já na Ilíada, nos jogos organizados por Aquiles em homenagem a seu amigo Pátroclo. Em Homero, o disco era atado a uma correia de couro e arremessado o mais distante possível. Nas representações posteriores, o disco passa a ser arremessado sem o uso de correias, de modo semelhante ao nosso atual arremesso de martelo. As peças descobertas pela arqueologia têm entre 1,3 e 6,6 kg. Antônio e Augusto não perderam a chance de imitar os desenhos dos vasos que víamos. Seus movimentos torcendo o corpo e simulando o arremesso eram engraçados, mas Cléia parece que pressentia a possibilidade de acidentes e alarmes tocando novamente:
 
– Meninos, quando formos lá fora vocês continuam o treino, está bem?
 
– disse ironicamente Cléia, que aproveitou para perguntar ao Andréas se ocorriam acidentes no lançamento de discos.
 
– Se levarmos em conta os relatos mitológicos, que muito frequentemente se originam de experiências vividas no mundo real, eles não só aconteciam como eram graves: Apolo matou involuntariamente seu amigo Hiacinto quando, tendo arremessado um disco, este foi desviado de sua trajetória pelo vento Zéfiro; Perseu matou Acrísio, seu próprio avô, em um acidente parecido. Essas histórias mostram que no mínimo havia um perigo a ser considerado na prática do arremesso de disco.

* Artigo foi extraido do livro Uma viagem à Grécia: os jogos olímpicos e os deuses, de Stylianos Tsirakis.

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