ARETÉ

30.04.2023 -

O Julgamento de Sócrates: Os Limites da Democracia Ateniense

O julgamento de Sócrates ocorre num contexto histórico marcado pela i) derrota humilhante de Atenas na Guerra do Peloponeso e sua rendição incondicional às tropas de Lysandros, ii) pelo governo turbulento da junta dos “Trinta Tiranos” e, ainda, iii) pela guerra civil e subsequente retomada do poder pela facção democrata, liderada por Thrasyboulos em 404/403 a.c.. Mesmo após ao acordo firmado entre as partes, sob a tutela do rei espartano Pausânias, que resulta na promulgação de uma ampla anistia política e de um salvo conduto para Elêusis, dos partidários anistiados e descontentes da facção oligárquica, a lembrança dos desmandos e da brutalidade dos “Trinta” continuava viva na memória dos atenienses.

Em 399 a.c., neste denso e volátil cenário político, a polis ateniense processa e julga publicamente Sócrates, seu maior filósofo. Mélitos, secundado por Ánytos e Lycon, formalmente, acusam Sócrates de dois crimes. O primeiro delito de Sócrates seria o crime de “impiedade”, em relação aos deuses oficias da polis ateniense, sendo que o segundo delito do filósofo seria o de corromper os jovens da cidade. Questões milenares procuram ainda hoje as suas respostas. Seria a alegada “impiedade” de Sócrates o verdadeiro motivo deste processo? Por que teria o filósofo sido acusado de corromper os jovens? Como Sócrates se defende das acusações? Seria o filósofo inocente ou culpado das acusações trazidas a julgamento popular? Muitas outras perguntas e questões fazem parte do enredo deste histórico julgamento.

A mesa-redonda terá a participação de Jorge Kapotas, Bruno Conte, Nicola Galgano e mediação de Dimitrios Bozinis.

Bibliografia Sugerida
Brickhouse, T. C. e Smith N. D., The Trial and Execution of Socrates: Sources and Controversies, Oxford University Press, Oxford, 2002.
Finley, M., Socrates on Trial, Horizon – New York City LLC, New York, 2014.Morrison, D. R. (ed.), The Cambridge Companion to Socrates, Cambridge University Press, Cambridge, 2011.
Plato, The Trial and Death of Socrates, Translated by G.M.A. Grube and Revised by John M. Cooper, Hackett Publishing Company, Third Edition, Cambridge, 2000.

Evento presencial e online
20/maio (sábado), 10h30 às 12h30
O evento é gratuito. Não é preciso fazer inscrição.

Link para o evento online: https://bit.ly/OJulgamentoDeSocratesMesaRedonda

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Nicola Galgano – Licenciado em Filosofia, com mestrado, doutorado e pós-doutorado em Filosofia Antiga pela USP de São Paulo. É autor de Parmênides: não ser como contradição ed. Paulus. É Editor Geral do projeto internacional de publicação: “Eleatic Ontology: origin and reception”.

Jorge Kapotas – Doutor em Matemática Aplicada (IME-USP), Mestre em Modelagem Matemática em Finanças pela (IME-USP), MBA (Anderson School of Management-UCLA), Historiador (FFLCH-USP) e Administrador de Empresas (FEA-USP). Nos EUA foi Vice Presidente da Merrill Lynch Capital Markets e no Brasil ocupou várias posições executivas em diversas instituições financeiras brasileiras e internacionais. Atualmente é CEO da OctaPlus Financial Analytics.

Bruno Conte – Doutor em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, com estágio doutoral na École Normale Supérieure de Paris. Atualmente é professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e pós-doutorando na FFLCH/USP. Editor-assistente da revista Hypnos.

Dimitrios Bozinis – Mestrado em Física pela Universidade Complutense de Madrid, Espanha..Posteriormente obteve Doutorado em Física pela Universidade de Califórnia do Sul em Los Angeles. Trabalhou no laboratório JPL como pesquisador da NASA. Foi professor pela UNICAMP até 1996.Seu trabalho foi principalmente na área de pesquisa e de aplicações do raio laser na medicina. Estudioso da cultura Grega clássica.

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